O mundo da música está de luto com a morte do cantor e compositor Lô Borges, ícone da Música Popular Brasileira, que faleceu aos 73 anos no último domingo (2). Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Unimed – Unidade Contorno, em Belo Horizonte, Minas Gerais, desde o dia 17 de outubro, vítima de uma intoxicação medicamentosa, conforme informou a instituição em nota oficial.
De acordo com o Metrópoles, a intoxicação medicamentosa ocorre quando há excesso ou reação adversa a fármacos ingeridos pelo paciente, seja por erro de prescrição, uso inadequado, automedicação ou interação entre diferentes medicamentos. Em indivíduos mais sensíveis, mesmo doses corretas podem gerar complicações graves, como aconteceu com Lô Borges, que evoluiu para falência múltipla dos órgãos. Durante a internação, ele precisou de ventilação mecânica e, no dia 25 de outubro, passou por uma traqueostomia, procedimento necessário para manter a respiração assistida.
Lô Borges foi, ao lado de Milton Nascimento, um dos fundadores do Clube da Esquina, movimento musical que marcou a história da MPB e misturou rock, jazz e música popular brasileira de maneira inovadora. Entre seus maiores sucessos estão canções eternizadas como “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “O Trem Azul” e “Paisagem da Janela”, que até hoje influenciam músicos de todas as gerações.
O artista deixa um legado profundo, não apenas de talento, mas de ousadia e criatividade que ajudou a moldar a música brasileira moderna. Amigos, fãs e colegas de profissão prestaram homenagens nas redes sociais, lembrando a importância de sua obra e a sensibilidade poética de suas composições.
O que é intoxicação medicamentosa e como pode ser fatal?
A intoxicação medicamentosa ocorre quando o organismo reage de forma adversa à ingestão de medicamentos, seja por dose excessiva, combinação de substâncias ou sensibilidade individual. Pode provocar sintomas como confusão, náusea, queda de pressão, arritmias e, em casos graves, falência de órgãos vitais. Mesmo quando usada corretamente, a medicação pode desencadear complicações, principalmente em idosos ou pacientes com histórico de doenças crônicas. Especialistas alertam para a importância do acompanhamento médico rigoroso e da atenção a sinais de reação adversa, já que o diagnóstico precoce pode evitar desfechos fatais, como infelizmente ocorreu com Lô Borges.
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