O empresário e influenciador digital Pablo Marçal foi declarado inelegível por oito anos pela Justiça Eleitoral de São Paulo. A decisão, divulgada na sexta-feira (21/2/2025), veio após uma ação movida pelo PSB e pelo PSOL, que acusaram Marçal de abuso de poder político e econômico durante sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024. A sentença foi proferida pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo. Marçal, que ainda pode recorrer, contestou a decisão e afirmou, em uma live, que ela “carece de provas” e que será revertida.
O foco da condenação está em um vídeo de Marçal, divulgado nas redes sociais, no qual ele oferecia apoio a candidatos a vereador em troca de doações de R$ 5.000 para sua campanha. A Justiça considerou que essa prática se enquadra em abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos. Além disso, o empresário foi acusado de usar meios de comunicação de forma indevida para divulgar desinformação e prejudicar seus adversários.
Durante sua live, Pablo Marçal explicou que, embora tenha gravado um vídeo sugerindo apoio em troca de doações, a prática não foi concretizada, pois foi barrado por sua equipe jurídica. Ele ressaltou que sua campanha foi a mais econômica da história e contou com o maior número de doações voluntárias, sem qualquer troca de favores.
A defesa de Marçal, inclusive, argumenta que as provas apresentadas são insuficientes para sustentar a condenação. Paulo Hamilton Siqueira Jr., coordenador da campanha, afirmou que um recurso será apresentado ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), buscando a reforma da decisão. Além disso, Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, também expressou confiança na revisão da sentença.
Marçal permanece otimista de que a decisão será revertida, e segue acreditando na justiça. Ele reiterou sua intenção de continuar defendendo a transparência e a legalidade em suas ações políticas.
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