27/04/2025 09:52

Oscar 2025: Sing Sing explora impacto da arte no sistema prisional

Sing Sing estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (13/2) trazendo uma história real sobre o impacto da arte dentro do sistema prisional. Dirigido por Greg Kwedar, o longa concorre ao Oscar em três categorias, incluindo Melhor Ator para Colman Domingo, que interpreta o protagonista John Divine G.

Baseado no livro Sing Sing Follies, ainda sem tradução no Brasil, o filme acompanha um grupo de presos que participa de um programa de reabilitação por meio do teatro dentro da famosa prisão de Sing Sing, nos Estados Unidos. O programa não apenas reduz sentenças, mas também serve como um espaço de transformação e autoconhecimento para os detentos.

Divine G é um dos líderes desse grupo teatral e vê no palco uma forma de liberdade, mesmo estando atrás das grades. No entanto, a chegada de um novo preso, Clarence Divine Eye, mexe com essa dinâmica. Clarence desafia John e muda a estrutura do grupo, transformando o ambiente de ensaio em um campo de disputa.

O filme se destaca pela escolha do elenco. Além de Colman Domingo, a produção escalou ex-presidiários que participaram do programa de teatro na vida real, o que com certeza aumenta a autenticidade das atuações e aproxima a narrativa da realidade dos detentos.

A rivalidade entre Divine G e Divine Eye vai além do teatro. Clarence desafia John em diversos momentos, trocando o roteiro da peça e disputando o papel principal. No entanto, aos poucos, o filme revela que essa tensão esconde questões mais profundas, como a dificuldade de lidar com sentimentos e a pressão para manter uma postura “de durão” dentro da prisão.

O roteiro explora a masculinidade tóxica e a resistência à vulnerabilidade. Em uma das cenas mais marcantes, Sean “Dino” Johnson, um dos ex-detentos que interpreta um dos presos, faz um discurso sobre a importância de se permitir sentir e se expressar, tanto na arte quanto na vida. Esse momento reforça um dos temas centrais do filme: a cura por meio do teatro.

Além da relação dos personagens com o teatro, Sing Sing também acompanha a tentativa de Divine G de provar sua inocência. Embora isso seja um elemento secundário na trama, também se conecta com a ideia de que a arte pode ser uma ferramenta de resistência e mudança dentro do sistema carcerário.

A estética do filme também merece destaque. Os figurinos, em sua maioria, são os uniformes da prisão, mas quando os detentos vestem trajes teatrais, dá para sentir a mudança. A caracterização dos personagens durante as encenações dá um tom quase mágico a certas cenas, impulsionando o poder da imaginação dentro daquele ambiente restrito.

Mais do que uma história sobre um programa prisional, Sing Sing é um filme sobre humanidade. Com um elenco forte e uma narrativa envolvente, o longa mostra que a arte pode ser um refúgio até nos ambientes mais hostis, e, por isso, vale a pena ir aos cinemas para saber mais sobre a realidade de pessoas presas e também reforçar a esperança em um sistema prisional mais justo e de reabilitação.





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