
Após o enorme sucesso da série documental Drive to Survive, a Netflix pretende expandir ainda mais sua presença no universo da Fórmula 1. Segundo o jornal britânico The Times, a gigante do streaming está preparada para disputar os direitos de transmissão do Mundial nos Estados Unidos a partir de 2026.
Caso concretize o acordo, a Netflix entraria oficialmente no mercado de transmissão esportiva com sua primeira cobertura completa de uma temporada. A empresa, que consolidou sua popularidade por meio de filmes, séries e documentários sob demanda, tem cerca de 300 milhões de assinantes no mundo e recentemente iniciou uma movimentação estratégica para incluir eventos esportivos ao vivo em seu portfólio. Exemplo disso foi a exclusividade de jogos da NFL no Natal e a exibição do confronto de boxe entre Jake Paul e Mike Tyson.
A disputa pelos direitos da Fórmula 1
Nos Estados Unidos, os direitos de transmissão da Fórmula 1 pertencem atualmente à ESPN, que assinou um contrato avaliado em cerca de US$ 90 milhões (R$ 518 milhões na cotação atual). No entanto, o período de exclusividade da emissora para negociar uma renovação já expirou, permitindo que concorrentes, como a Netflix, apresentem suas propostas. A expectativa é de que o novo contrato seja mais valioso, mas ainda distante das cifras astronômicas pagas por ligas americanas como a NFL e a NBA.
A entrada da Netflix na disputa representa um novo capítulo no mercado de direitos esportivos. Recentemente, a empresa reforçou sua divisão de esportes com a contratação de Kate Jackson, ex-vice-presidente de produção da ESPN, para o cargo de diretora de esportes. Em comunicado oficial, a plataforma afirmou que Kate terá a missão de “gerenciar os projetos de esporte ao vivo” que estão nos planos da companhia.
Impacto no Brasil e o futuro das transmissões
Por enquanto, uma eventual aquisição dos direitos pela Netflix não afetaria a transmissão da Fórmula 1 no Brasil. A Band, que exibe o Mundial desde 2021, entra no último ano de contrato, enquanto a Globo surge como principal interessada em retomar os direitos a partir de 2026. A emissora carioca, que transmitiu a F1 por décadas, monitora a movimentação do mercado e pode formalizar uma proposta nos próximos meses.
Se conseguir os direitos nos Estados Unidos, a Netflix pode transformar a forma como a F1 é consumida no país, apostando em um modelo digital de transmissão, sem as amarras tradicionais da TV linear. Resta saber se a plataforma conseguirá convencer a Liberty Media, dona dos direitos comerciais da categoria, de que está preparada para assumir essa responsabilidade e elevar ainda mais a popularidade da F1 no mercado norte-americano.
Com informações do GRANDE PRÊMIO