Mulher é assassinada a tiros pelo companheiro em Guarulhos (SP); homem é preso como suspeito de feminicídio e tenta suicídio após o crime
Na terça-feira (5), uma mulher foi assassinada a tiros dentro da casa de seu companheiro, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O homem foi preso como suspeito de feminicídio, conforme informações da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
A delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Guarulhos registrou o crime como feminicídio, que é caracterizado quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo à condição de mulher da vítima. Segundo o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 12h para atender a uma ocorrência de feminicídio na Rua Nossa Senhora de Lourdes, na Vila Galvão.
Ao chegar ao local, a polícia encontrou o suspeito, identificado como Manoel, já com seu advogado. Ele informou que havia acabado de matar a namorada, identificada como Creusa Fernandes Lôbo.
O motivo do crime
De acordo com Manoel, Creusa teria ido até sua casa na manhã de terça-feira para terminar o relacionamento e pegar pertences pessoais. Durante a conversa, os dois discutiram e, segundo o depoimento de Manoel, ele “perdeu a cabeça”, pegou um revólver calibre 38 e atirou contra Creusa, atingindo-a na cabeça. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O suspeito afirmou também que, após cometer o crime, tentou suicidar-se. No entanto, o revólver falhou e ele não conseguiu completar o ato. O advogado de Manoel entregou à polícia a arma utilizada no crime, um revólver Taurus calibre 38 oxidado.
O local do crime foi isolado para a perícia, e o caso foi encaminhado ao 2º Distrito Policial de Guarulhos, onde foi registrado como feminicídio.
Feminicídios em São Paulo
A capital paulista registrou 29 casos de feminicídio entre janeiro e maio de 2025, o maior número de feminicídios para o primeiro semestre desde que essa categoria passou a ser contabilizada, em abril de 2015, um mês após a publicação da Lei do Feminicídio. Embora os dados de junho ainda não tenham sido divulgados, este já é o maior número registrado até agora.
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