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A ESPN e a NFL oficializaram um dos acordos mais impactantes da mídia esportiva dos últimos anos. Anunciado nesta terça-feira (5), o negócio garante à ESPN a aquisição de ativos estratégicos da liga, como o canal NFL Network, o NFL RedZone e a plataforma de fantasy game NFL Fantasy. Em troca, a NFL passa a deter 10% da ESPN, em uma transação que redesenha o mapa da distribuição de conteúdo esportivo nos Estados Unidos e no mundo.
O acordo histórico marca um passo decisivo para a consolidação da ESPN — e, por consequência, da Disney — como o principal hub global de cobertura do futebol americano. A ESPN será responsável pela operação e integração do NFL Network ao seu futuro serviço de streaming esportivo, previsto para os próximos anos. O NFL RedZone, por sua vez, será incorporado ao portfólio de canais lineares da Disney, com exibição garantida no pacote da ESPN na TV por assinatura, incluindo o Brasil.
Além disso, os jogos de fantasy também serão otimizados: ESPN Fantasy Football será unificado ao NFL Fantasy, consolidando um único e oficial game da NFL para a temporada 2025/2026.
“Hoje é um marco para que a principal marca de mídia esportiva do mundo e o esporte mais popular dos Estados Unidos proporcionem uma experiência ainda mais envolvente aos fãs da NFL”, afirmou Robert A. Iger, CEO da Disney.
Roger Goodell, comissário da NFL, também celebrou a transação e destacou o papel histórico do canal:
“Desde seu lançamento em 2003, o NFL Network proporcionou a milhões de fãs acesso sem precedentes ao esporte que amam (…) Sua venda à ESPN irá expandir esse legado.”
Outro ponto importante do negócio é a licença de três jogos extras por temporada à ESPN, que agora exibirá um total de sete jogos da NFL no NFL Network, incluindo duelos simultâneos e exclusivos.
Mesmo com a venda de parte de seus ativos, a NFL manterá o controle de importantes frentes de conteúdo: NFL Films, NFL+, NFL.com, podcasts oficiais e os sites dos 32 times da liga continuam sob comando direto da entidade. O canal NFL RedZone, apesar de estar agora dentro da estrutura ESPN, seguirá com produção e operação própria da NFL.
Com a nova configuração, a divisão acionária da ESPN fica assim: Disney com 70%, Hearst com 20% e agora NFL com 10% de participação.