25/07/2025 10:41

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Belize Pombal faz de Consuelo um ícone em ‘Vale Tudo’

Em uma novela repleta de reviravoltas, escândalos e dilemas morais, Belize Pombal tem feito algo raro: conquistar o público pelo afeto. Na pele de Consuelo, a atriz imprime energia e carisma, tornando a personagem uma presença marcante em cena. A escolha para o papel, embora cercada de expectativas, não poderia ter sido mais certeira.

Consuelo passou poucas e boas com a sogra em ‘Vale Tudo’

Consuelo, agora remodelada para o remake da Globo, ganhou novos contornos. Em 1988, interpretada por Rosane Gofman, ela era tia dos jovens Daniela (atualmente Jéssica Marques) e André (Breno Ferreira no remake). No entanto, na nova versão, ela assume a maternidade dos dois e se torna esposa de Jarbas (agora Leandro Firmino e anteriormente Stepan Nercesian). A transformação muda completamente a dinâmica familiar, e Belize conduz essa nova configuração com maturidade, sem perder a leveza.

O papel surge como um divisor de águas na carreira da atriz. Com 39 anos, ela mergulha em uma personagem que combina força ética, humanidade, bom humor e afeto genuíno. Além disso, carrega um simbolismo potente: uma mulher negra, retinta, com uma família estruturada emocionalmente e financeiramente. Esse conjunto desafia estereótipos e oferece representatividade real e sem caricatura.

Consuelo (Belize Pombal) – Foto: Reprodução/ Globo

Família preta, afeto visível e reconfiguração de papéis

A mudança no núcleo de Consuelo também revela um cuidado narrativo importante: apresentar uma família negra funcional, unida e cheia de nuances. De acordo com a própria atriz, esse aspecto ressoa diretamente em sua vivência pessoal. Criada por uma matriarca forte, rodeada por mulheres que atravessaram dificuldades com dignidade, Belize reconhece o peso simbólico da personagem que interpreta.

A construção da Consuelo atual reflete outro modelo de maternidade. Ela não centraliza todas as decisões, não se sacrifica de maneira silenciosa e não se anula pelo bem dos filhos. Pelo contrário. A personagem divide tarefas, exige corresponsabilidade e, ao mesmo tempo, mantém o acolhimento como guia.

Esse novo olhar sobre as relações familiares se alinha ao que a autora Manuela Dias pretende provocar. Para ela, Consuelo oferece uma visão libertária da maternidade, onde mulheres não são obrigadas a carregar sozinhas os fardos do lar. A força de Belize, como atriz, ajuda a transformar esse conceito em algo crível e próximo do público.

Ética, humor e humanidade: o equilíbrio cênico de Belize

É comum ver personagens secundárias ganharem destaque em novelas quando são vividas por atrizes que entendem o timing, a textura emocional e o valor da simplicidade. Belize Pombal alcança tudo isso e ainda vai além. Ela entrega uma Consuelo complexa: ética no ambiente de trabalho, espirituosa nos diálogos do cotidiano, afetiva sem pieguice.

Em ‘Renascer’, Belize Pombal era Quitéria. Relembre!

Consuelo julga, opina, fofoca, mas também ouve, aconselha e acolhe. E Belize transita entre esses extremos com naturalidade e graça. A personagem, que poderia cair no estereótipo da “secretária engraçada”, ganha profundidade e se torna uma figura imprescindível no enredo, mesmo sem ocupar os núcleos centrais.

Esse equilíbrio entre luzes e sombras, como define a própria atriz, revela que a humanidade da personagem é o que mais encanta. O público se identifica porque vê nela aspectos reais, possíveis e, acima de tudo, sinceros.

De ‘Justiça 2’ a ‘Vale Tudo’: a consolidação de uma trajetória

Quem já havia se deparado com Belize Pombal em “Justiça 2” não se surpreende com o destaque que ela vem ganhando agora. Manuela Dias, que também esteve por trás da série, enxergou desde o início a potência da atriz. Foi nesse projeto anterior que a autora percebeu a capacidade única de Belize de transformar qualquer cena em momento memorável.

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A escalação para o remake de “Vale Tudo” foi um passo adiante. Agora, diante de um público maior e de um texto clássico, Belize não apenas segura a personagem com firmeza, mas também imprime um estilo próprio.

Sua presença amplia debates, propõe outras formas de ver a família, desafia o senso comum e oferece novas referências para o telespectador. Consuelo, na voz e no corpo de Belize, deixa de ser coadjuvante e se torna pilar.





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