A nova temporada de Arcanjo Renegado, chegou ao Globoplay nesta terça-feira, 4 de novembro, com seis episódios já disponíveis na plataforma, os quatro últimos serão lançados em 13 de novembro. Na quarta temporada, o protagonista Mikhael (Marcello Melo Jr.) enfrenta novos perigos ao ser levado para a tríplice fronteira Brasil–Paraguai–Bolívia, onde descobre uma rota internacional de tráfico de drogas. Enquanto isso, o aumento da violência no Rio de Janeiro domina a pré-campanha para o Governo do Estado. O novo ano da trama ainda apresenta Poke (Thiago Hypolito), um traficante sem limites, e Lincoln (Marcello Novaes), um executivo frio e calculista que se torna peça-chave na investigação do protagonista. Entre as novidades do elenco, está a atriz, cantora e bailarina Aline Deluna, que interpreta Cristiane, uma mulher forte e determinada que vive de perto os desafios de conviver com o perigo da profissão do ex-marido, um policial.
“Dar vida a Cristiane é uma oportunidade maravilhosa de representar essas mulheres de oficiais, policiais que convivem direta e indiretamente com essa tensão, esse perigo da profissão e que muitas vezes tem que segurar essa onda principalmente quando estão à frente do cuidado com os filhos. Obviamente não é um lugar exclusivo ocupado pela mulher, mas que na nossa cultura, como a gente sabe, acaba sendo o quadro mais comum. A Cristiane é uma mulher forte, é uma mulher positiva, enérgica e que está disposta a dar o melhor pros filhos e que mantém essa relação de amizade e de cuidado com o Raoni mesmo depois da separação”.
Desafios e intensidade nas novas gravações
Com cenas cheias de ação, Arcanjo Renegado é conhecida por sua intensidade , algo que, segundo Aline, marca todos os núcleos da série: “Todos os personagens acabam ‘contaminados’ por essa intensidade independente do núcleo em que a personagem esteja presente. E no caso da Cristiane foi realmente um desafio conduzir a narrativa de uma personagem que vive essa intensidade em paralelo, já que ela acompanha esse cotidiano do pai de suas filhas muito de perto e convive com essa adrenalina e esse perigo, como é o caso de muitas mulheres casadas com policiais. (…) Essa luta é uma luta invisível, e é um grande prazer ver uma dessas mulheres também no foco da história, e poder mostrar sua força e potência”.
Do teatro para a TV
A atriz, que tem uma sólida trajetória no teatro musical, atualmente está em cartaz em Djavan, Vidas para Contar, sob direção de João Fonseca, interpretando Maria Bethânia, conta que o palco lhe trouxe aprendizados preciosos para a televisão:
“Uma das maravilhas do teatro é o tempo e a liberdade que existe para a experimentação. (…) Já na TV o tiro precisa ser mais assertivo, já que é necessário gravar vários pedaços de uma mesma cena em ângulos diferentes. Para essa assertividade é fundamental possuir um repertório de emoções de fácil acesso, assim como ter essa liberdade de entrar e sair da personagem várias vezes. (…) O exercício teatral de sustentar uma emoção ‘viva’ por muito tempo só enriquece a atuação no audiovisual, fazendo tudo ser muito mais real”.
Equilibrando universos artísticos
Dividida entre o musical e a série, Aline celebra a possibilidade de viver personagens tão distintas simultaneamente: “É a grande beleza do trabalho artístico! Estar em vários lugares ao mesmo tempo, ser várias versões ao mesmo tempo. Ninguém se dedica à arte se estiver confortável e acomodado numa única versão de si. (…) Entrar em uma obra como Arcanjo Renegado é sensacional porque o público já construiu uma relação com a história e com os personagens. É um produto absolutamente brasileiro, tanto em relação ao roteiro quanto à concepção do projeto, e é maravilhoso representar uma personagem que está presente em lugares perto de nós”.
Experiências recentes e trajetória internacional
Além da série do Globoplay, Aline também participou recentemente de Reencarne, outra produção da plataforma, e relembra um dos momentos mais marcantes das gravações: “Tudo nessa série é muito surpreendente! Nela a minha personagem faz parte de uma espécie de seita que aparece para apresentar um momento chave na série onde essas mulheres entoam um canto, uma espécie de encantamento que é uma versão linda da música Arrumação, de Elomar. (…) Essa coisa mágica da força de um coletivo de mulheres é sempre surpreendente”.
Indicada a importantes prêmios como Shell, APTR, APCA, Cesgranrio e Botequim Cultural, Aline ficou conhecida pelo espetáculo Josephine Baker – A Vênus Negra (2017–2024), com direção de Otávio Muller, que circulou por diversas capitais do Brasil e chegou a Paris. Em 2025, a artista apresentou o espetáculo Brás Cubas no Festival Tchékhov, em Moscou, consolidando sua presença também no cenário internacional.
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Yasmin Lima é jornalista formada pela Universidade Paulista e graduanda em Marketing pelo MBA da USP. Tem experiência em redação, redes sociais e análise de dados, tendo atuado em empresas do grupo UOL e em contas do Governo e da Prefeitura de São Paulo. Apaixonada por comunicação digital, tem interesse especial em temas de entretenimento, política e esporte