O centro de São Paulo foi abalado na manhã deste domingo (7/12) por uma ação criminosa que deixou moradores, frequentadores e funcionários da Biblioteca Municipal Mário de Andrade em estado de choque. Dois homens armados invadiram a instituição cultural, uma das mais importantes do país, e roubaram obras de arte que estavam expostas no local.
De acordo com a Polícia Militar, “dois homens armados renderam seguranças da biblioteca e roubaram obras de arte que estavam no local”. Segundo relatos, os criminosos agiram com rapidez e precisão, entrando no prédio, ameaçando os funcionários e vasculhando os espaços em busca de itens de valor. Após a ação, eles fugiram em direção à estação Anhangabaú do Metrô, desaparecendo antes da chegada das autoridades.
Apesar da tensão e do risco, felizmente não houve registro de feridos. Ainda assim, o incidente provocou grande comoção entre frequentadores da biblioteca, que descreveram momentos de pânico e confusão durante a invasão. Alguns relataram que pensaram que se tratava de um assalto a pessoas ou a estabelecimentos próximos, tamanho o barulho e a movimentação repentina.
A Polícia Militar mantém intenso patrulhamento na região central da cidade e investiga o caso com prioridade máxima. Equipes de investigação estão analisando imagens de câmeras de segurança, checando rotas de fuga possíveis e colhendo depoimentos de funcionários, frequentadores e moradores próximos para tentar localizar e capturar os responsáveis pelo crime.
Fundada há 100 anos, a Biblioteca Mário de Andrade é a segunda maior do Brasil, ficando atrás apenas da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Com um acervo que ultrapassa 1,5 milhão de itens, incluindo livros, mapas, manuscritos, fotografias, documentos históricos e obras de arte, a biblioteca é referência para pesquisadores, estudantes e amantes da cultura. O roubo das peças representa uma perda significativa não apenas material, mas também cultural e histórica.
Especialistas em patrimônio cultural e historiadores afirmam que a proteção de acervos como o da Mário de Andrade é crucial para a preservação da memória da cidade e do país. “Perder obras de arte ou documentos históricos significa apagar parte da história de São Paulo e do Brasil”, afirmou um curador que prefere não se identificar, reforçando a gravidade do episódio.
A prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, informou que está prestando total apoio à Polícia Militar e às equipes de segurança da biblioteca. Medidas emergenciais de proteção e reforço na vigilância foram adotadas imediatamente, incluindo a revisão de câmeras, alarmes e protocolos de acesso, para garantir que a biblioteca continue aberta ao público com segurança.
Autoridades pedem que qualquer informação que possa levar à identificação dos criminosos seja compartilhada com a polícia. Enquanto isso, a população e frequentadores da biblioteca aguardam respostas, apreensivos, sobre o paradeiro das obras de arte roubadas e sobre a segurança do local, que se tornou alvo de atenção nacional após o assalto.
Veja:
Leia também: Padre morre após deixar mensagens sobre ‘estar pronto para partir’