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Primeiras Impressões | Com Emma Thompson e Ruth Wilson, ‘Mistério em Cemetery Road’ aposta em suspense prático e envolvente

O texto a seguir discorre sobre os dois primeiros episódios.

Desde seu lançamento há alguns anos, a Apple TV mostrou ter potencial imensurável para produções de ótimas qualidade – e, semana a semana, continua a nos encantar com histórias originais e envolventes que nos fisgam logo nos primeiros segundos. Dramas como ‘The Morning Show’, comédias como ‘O Estúdio’ e suspenses como ‘Slow Horses’ são alguns dos títulos que compõe seu exímio catálogo; agora, chegou o momento da plataforma de streaming reiterar seu status com o recente lançamento da minissérie ‘Mistério em Cemetery Road’, estrelada por ninguém menos que Emma Thompson e Ruth Wilson.

A trama é centrada em Sarah Trafford (Wilson), uma conservacionista que trabalha para um museu de artes da pequena cidade de Oxford. Certa noite, voltando do trabalho, ela cruza caminho com uma pequena garota que salva uma borboleta de ser atropelada por sua bicicleta. Encantada com o momento único, ela chega em casa, onde seu marido, Mark (Tom Riley), a espera para um jantar com um intragável cliente chamado Gerard (Tom Goodman-Hill) e com um casal de amigos boêmios, Wigwam (Sinead Matthews) e Rufus (Ken Nwosu). Em meio a discussões acaloradas sobre privilégios e consciência de classe, uma explosão irrompe ao fundo e interrompe o jantar.

Sarah descobre que uma casa local explodiu após um vazamento de gás, culminando na morte de toda a família – exceto a jovem garotinha caçando borboletas que conhecera horas antes, que é levada para a UTI. Resolvendo visitá-la no hospital, Sarah descobre que ela foi apagada de qualquer veículo midiático, enquanto o caso foi sinalizado como sigiloso pelos oficiais envolvidos na investigação, levando suspeitas. Ela, então, decide contratar o casal de investigadores particulares formado por Zoë Boehm (Thompson) e Joe Silverman (Adam Godley) para descobrir o que está acontecendo – revelando uma rede mortal de segredos e perigos que coloca todos na mira de um inimigo implacável.

Baseado no romance homônimo de Mick Herron, o projeto encabeçado por Morwenna Banks revela seu apreço por tramas instigantes e calcadas em mistérios cabulosos (afinal, ela é uma das roteiristas da já mencionada série ‘Slow Horses’, estrelada por Gary Oldman). Apoiando-se em território familiar, Banks parece nos engolfar em um espaço e um tempo fora da realidade, restrito ao barril de pólvora que se acendeu nas íngremes e estreitas ruas de Oxford e que está prestes a explodir a qualquer momento. Sarah, Zoë e Joe se veem arrastados para uma conspiração governamental que os arremessa a um complexo mistério – e que culmina no assassinato de Joe pelas mãos de Rufus, que escondia quem realmente era atrás de uma máscara de bondade e apoio.

Se os dois primeiros capítulos dão o tom da série, com certeza não medem esforços para isso, apostando fichas em cenas frenéticas e uma tensa atmosfera que se apodera da trama. Banks trabalha lado a lado com a diretora Natalie Bailey, que garante um certo isolamento por parte de Sarah conforme ela parece reencontrar um propósito outrora perdido com o desaparecimento da garotinha, aproximando-a pouco a pouco de Zoë (que lida com seus próprios problemas e com assuntos não resolvidos que resolveu trancar a sete chaves). Pouco a pouco, a altivez das cenas dramáticas dá espaço a uma sombria batalha pela sobrevivência que transforma cada sequência em um labiríntico e inescapável círculo de fogo.

As incursões técnicas são muito bem estruturadas e constantemente reafirmam um prospecto derradeiro e ineludível – seja pela paleta de cores sombria, seja pela solidão em que Sarah e Zoë se encontram, convergindo para um ponto em comum quando a conspiração toma níveis avassaladores que colocam em xeque sua própria integridade. E é claro que nada disso seria possível sem a presença formidável e explosiva de duas grandes atrizes da indústria do entretenimento: Thompson, conhecida por sua inegável versatilidade performática, domina as telas com garras de ferro, navegando pela complexidade de sua personagem; Wilson, por sua vez, nos encanta ao afastar-se por completo da persona vilanesca que viveu em ‘Fronteiras do Universo’ e encontrando-se em uma espécie de jornada do herói sem precedentes.

Os dois primeiros episódios de ‘Mistério em Cemetery Road’ trazem inúmeras referências do gênero que explora, mas faz isso sem arquitetar uma mera emulação – e sim buscando picos de originalidade que são esquadrinhadas minuto a minuto. Guiada pela força de um elenco estelar e de uma preciosidade cênica muito bem-vinda, a série reitera a incrível qualidade de uma das melhores plataformas de streaming da atualidade.



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