O Festival do Rio 2025 chegou com tudo neste início de outubro. Trazendo uma programação espetacular, com centenas de filmes – muitos inéditos -, o evento conta com premières badaladas e muitos filmes interessantes logo nos primeiros dias. De todas as partes do planeta, produções impressionantes conquistam os olhares do público nas concorridas sessões espalhadas em diferentes pontos da capital carioca. E alguns filmes realmente já chamaram nossa atenção, seja por sua narrativa envolvente, seja pelos temas importantes que são colocados para reflexões.
No Festival do Rio acontece uma coisa que é muito legal, em algumas premières de filmes brasileiros, com um ingresso, você vê dois filmes: um curta e um longa! Dessa forma, chegamos até um curta-metragem impactante:
Com uma composição visual deslumbrante, criando significados a partir do desbravar da linguagem, quase um chamado para a imersão de sentimentos que pulsam na tela, o curta-metragem Alice, dirigido por Gabriel Novis é um retrato comovente e profundo de uma mulher trans nascida em Maceió. É impressionante como, em apenas 17 minutos, nossos pensamentos se veem mergulhados em reflexões constantes de um retrato muito bem construído e sensível. (Leia a crítica completa aqui)
Outro filme que chamou nossa atenção teve sua estreia na noite do último sábado (04/10), em uma sala confortável do cinema Net Gávea – completamente lotada: O que eu era antes de ser? Com essa pergunta atingindo em cheio a premissa de uma obra que se destaca como um poético álbum de família de coração aberto, assistimos no terceiro dia do Festival do Rio 2025 um documentário simples em sua estética e rico em seu conteúdo. Apolo atravessa os medos, os desafios, o preconceito numa estrada onde o amor é uma chama que nunca se apaga.
Durante a pandemia, já no final de 2021, o casal transgênero Isis Broken e Lourenzo Gabriel conceberam naturalmente um filho. Esse filme mostra o antes, do início da gestação até o nascimento, coletando pelo caminho detalhes, experiências pessoais, que logo viram reflexões importantes para o nosso país onde o preconceito ainda está enraizado. Um filme emocionante que estreia em breve no circuito exibidor! (Leia a crítica completa aqui)
Talvez a maior surpresa até aqui do Festival do Rio seja esse filme que vamos citar agora. Uma das maiores alegrias de qualquer amante da sétima arte é se deparar com uma obra surpreendente e avassaladora durante um evento de cinema. No início da tarde de um dos dias do primeiro fim de semana do Festival, assistimos um longa-metragem impressionante que, de forma criativa e envolvente – utilizando a comédia em muitos momentos para nos guiar por assuntos espinhosos ligados a uma família – nos leva até um recorte sobre a violência, crueldade e tradições, ambientada num país africano.
Shula (Susan Chardy) está dirigindo seu carro quando, de repente, percebe um corpo estirado no meio da estrada – e logo percebe que se trata de seu tio. Quando a família toma conhecimento do ocorrido, os procedimentos para o funeral se iniciam e, a partir disso, começamos a entender quem era a pessoa que morreu – além de segredos chocantes que são aos poucos revelados. Sobre Tornar-se uma Galinha d’Angola é um dos grandes destaques desses primeiros dias de festival! Um filmaço! (Leia a crítica completa aqui)
O Festival do Rio 2025 vai de 02 a 12 de outubro, uma oportunidade para você assistir a filmes que muitas vezes não chegarão ao circuito exibidor brasileiro. O Cinepop está fazendo a cobertura do evento, acompanhem tudo nas nossas redes sociais e aqui pelo site.
