Filme do documentarista Georges Gachot, “Maria Bethânia: Música é Perfume”, traça paralelo entre a vida da cantora e as transformações sociais no Brasil
” De volta à plataforma, “Libertem Angela Davis”, de Shola Lynch, discute episódio em que Davis se tornou a mulher mais procurada dos Estados Unidos
Documentário de Sinai Sganzerla, “O Desmonte do Monte”, aborda a história e o desmonte do Morro do Castelo, um dos marcos da fundação do Rio de Janeiro
“Quando as Luzes das Marquises se Apagam” recupera a memória cinematográfica de São Paulo através dos cinemas de rua que ajudaram a construir uma cultura social urbana
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A partir de quinta-feira, 03/04, o Sesc Digital recebe em sua programação cinco novos documentários nacionais e internacionais premiados. O serviço de streaming gratuito do Sesc São Paulo pode ser acessado em todo o país, pelo site sesc.digital ou por meio do aplicativo Sesc Digital, disponível para download nas lojas Google Play e App Store.
A produção norueguesa A ARTISTA E O LADRÃO, dirigida por Benjamin Ree, narra a história de uma artista que faz amizade com o ladrão que roubou duas de suas pinturas mais famosas. Ela se torna sua aliada mais próxima quando ele é gravemente ferido em um acidente de carro e precisa de cuidados constantes, mesmo sem nunca recuperar os quadros. Vencedor do Prêmio Especial do Júri de Melhor Documentário no Festival de Sundance 2020.
Retorna à plataforma o longa LIBERTEM ANGELA DAVIS, da cineasta estadunidense Shola Lynch, que retrata a vida de Angela Davis, professora de filosofia nascida no Alabama e conhecida por seu profundo engajamento em defesa dos direitos humanos. Quando Angela defende três prisioneiros negros nos anos 1970, ela é acusada de organizar uma tentativa de fuga e sequestro, que levou à morte de um juiz e quatro detentos. Nessa época, ela se torna a mulher mais procurada dos Estados Unidos. Ainda hoje, Angela é um símbolo da luta pelo direito das mulheres, dos negros e os oprimidos.
Em MARIA BETHÂNIA: MÚSICA É PERFUME, do aclamado documentarista musical Georges Gachot, acompanhamos a análise do processo criativo da cantora Maria Bethânia e o mapeamento do processo de formação da música popular brasileira. Nos anos 1960, Bethânia surge como uma das musas da contracultura brasileira e da resistência ao regime militar, no espetáculo Opinião. Ao longo do tempo ela se torna uma das mais cultuadas intérpretes da MPB. O filme traça um paralelo entre a sua vida e as transformações sociais ocorridas no Brasil.
O documentário O DESMONTE DO MONTE, de Sinai Sganzerla, aborda a história do Morro do Castelo, seu desmonte e arrastamento. O Morro do Castelo, a “Colina Sagrada”, foi o local da fundação da Cidade do Rio de Janeiro e apesar de sua importância histórica, foi destruído em reformas urbanísticas com o intuito de “higienizar” a cidade.
Por fim, o longa QUANDO AS LUZES DAS MARQUISES SE APAGAM: A HISTÓRIA DA CINELÂNDIA PAULISTANA, de Renato Brandão, mergulha na história das salas de cinema localizadas na região das avenidas São João e Ipiranga, no centro de São Paulo, região conhecida como Cinelândia Paulistana, que em seu auge nas décadas de 1940 e 1960 abrigava a maior concentração e os mais importantes cinemas da cidade, como Art-Palácio, Metro, Ipiranga, Marabá e Comodoro. Partindo dos primórdios da exibição na cidade até a prevalência contemporânea do modelo de salas multiplex, o filme traça uma espécie de cartografia da memória cinematográfica de São Paulo, resgatando o papel do cinema na construção de uma cultura social urbana que tinha a rua como grande protagonista.