O Brasil tem uma forte tradição em novelas, cinema e teatro, e é comum vermos artistas transitando entre esses três universos. Um exemplo disso é Tania Bondezan, que iniciou sua carreira em 1984, com a peça Artaud, O Espírito do Teatro, e segue em plena atividade até hoje.
Aos 69 anos, a atriz ressaltou a importância do teatro na formação artística. “O teatro é a nossa fonte de alimentação. Mas eu não gosto de separar atriz de teatro, de televisão ou de cinema. Somos atrizes. Onde houver trabalho e público, estaremos lá”, afirmou.
Para Tania, o teatro está “cada vez mais vivo” e isso é motivo de celebração. “Depois da pandemia, algo mudou. As salas estão mais lotadas. Acho que as pessoas perceberam a urgência de estarem juntas, compartilhando experiências em espaços físicos. E nada é mais encantador do que o teatro”, completou.
Ela ainda destacou que, sobre o palco, sente a alegria das pessoas e que o público atua como uma parceiro, já que há um trabalho e uma interação com as pessoas que estão nas salas.
“Cada diz é um dia diferente. Não importa se é o mesmo texto, a mesma marca, a cada dia a gente está diferente e o público vai com uma energia… se estabelece uma corrente entre o palco e a plateia que é absolutamente genial, é um lugar de vida, o palco é um lugar de vida”, completou.
Tania Bondezan e Fabiana Karla estiveram em Brasília com a peça Radojka – Uma Comédia Friamente Calculada. O espetáculo, com texto de Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal, está em turnê pelo Brasil e narra a história de duas cuidadoras de Radojka que, já em idade avançada, precisam lidar com o desemprego.
A peça estreou no país em março do ano passado, inicialmente com Tania Bondezan e Marisa Orth no elenco. Sobre as colegas de cena, Bondezan fez questão de elogiar ambas. “São duas grandes atrizes e comediantes. Tive uma trajetória muito bonita ao lado da Marisa Orth e, agora, tenho o prazer de dividir o palco com Fabiana Karla”, destacou.
Ela também comentou sobre as nuances de contracenar com atrizes diferentes. “São pessoas distintas, a relação muda, a troca é outra, mesmo com o mesmo texto e encenação. Essa é a magia do teatro”, concluiu.
